sexta-feira, 24 de abril de 2009

"Guerra" aberta entre Manuela Moura Guedes e José Sócrates

Manuela Moura Guedes, jornalista e sub-directora da TVI, vai avançar com um processo judicial contra o primeiro ministro (PM) José Sócrates.

Na sequência de Negritouma entrevista dada ao canal televisivo RTP, o PM fez várias referências negativas ao Jornal Nacional de 6ª feira, apresentado por Manuela Moura Guedes, a qual considera tais afirmações como "injuriosas".

"Colocou em causa o trabalho sério, rigoroso e fundamentado de toda uma equipa de jornalistas de um jornal da TVI que é o mais visto de todas as televisões portuguesas”, disse a jornalista.

Manuela Moura Guedes, garantiu ainda que o primeiro-ministro “não cala os jornalistas da TVI com as ameaças e críticas aos jornalistas da TVI, especialmente aqueles que fazem investigação fundamentada para o Jornal Nacional”. “Tentou tirar credibilidade à seriedade e rigor do jornal mais visto e mais procurado pelos portugueses. Não vai conseguir e vai responder em tribunal”, acrescentou.

Verdade seja dita, as palavras citadas pelo primeiro ministro naquela entrevista feita por Judite Sousa e José Alberto Carvalho, não são, de longe, palavras que queiram ouvir da boca de um indivíduo que esteja a comandar o governo de portugal.

Será que o sr. primeiro ministro ainda não percebeu que esta metido numa "alhada" com o mediático caso freeport? E será que tais declarações contra a TVI, não serviram para levantar mais uma polémica, fazendo com que os portugueses esqueçam o caso de pagamentos ilícitos para o aprovamento da superfície comercial construída em área protegida? Não seria melhor, o PM aproveitar o facto de estar numa estação de televisão para fazer declarações sobre o estado catastrófico da economia e das dificuldades que o nosso país está a atravessar?

É sempre importante relembrar que quem não deve não teme e que José Eduardo Moniz, director geral da TVI, não dia seguinte à entrevista polémica do PM à RTP, aproveitou um dos momentos do Jornal Nacional para, em nome da empresa e de todos os trabalhadores que dela fazem parte, expressar o seu descontentamento de tais afirmações.


Isto ainda vai dar "pano para mangas".

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